DIÁLOGO

O diálogo é um virtude divina. Tendo em vista que Deus é Deus que fala e que nos ouve, precisamos em Sua dependência saber falar e saber ouvir, quer na nossa relação com Deus, quer na nossa relação com o próximo. 

No entanto, diálogo não é apenas expor palavras ou ainda ouvir palavras. Diálogo é a busca de compreensão, entendimento, clareza e a uma conclusão eficaz. De outro modo, será apenas um jogo infeliz de acusações e falta de empatia que, não nos faz chegar a lugar algum.

De uma forma clássica, podemos dizer que o diálogo constrói pontes, já a sua ausência, levanta cercas. E quantas vezes é exatamente isso o que ocorre na relação conjugal, familiar, comunitária e ainda social.

Sem o devido diálogo, o que impera é o próprio "eu" com as suas razões, os seus motivos e os seus sentimentos. Quanto ao outro, isto é, o "ele", nada. É como diz o ditado: "Venha a nós o vosso reino, nada". 

Em outros termos, o diálogo não põe o "eu" no centro, mas, sim, o "nós". O que, de fato, exige paciência, um coração aberto e muita perseverança. Perseverança? Sim, o verdadeiro diálogo é perseverante para resolver os conflitos. 

É muito comum em uma relação conflituosa,  as pessoas fazerem uso do seguinte argumento: "Não dá mais, já conversamos o suficiente". Mas será que conversaram mesmo? Será que foi mesmo suficiente? Ou será que tudo não passa de uma desculpa para chutar o balde ou ainda jogar a toalha?

Tendo em vista que este texto é apenas uma reflexão, e, não, um artigo, façamos os seguintes questionamentos: Estamos cientes da importância do diálogo? Sabemos dialogar? Precisamos melhorar em algum aspecto do diálogo? Se dá trabalho? E como dá!  Contudo, vale apena, pois se trata de uma virtude divina.

Então, de modo prático, por que as pessoas deixam de se falar? Dar um tempo para "esfriar a cabeça" é uma coisa, mas, por que construir muros? Por que levantar cercas? Na graça, no amor e na sabedoria de Jesus possamos ser construtores de pontes.

Na graça e no amor de Jesus,

Adriano Xavier Machado