Dependendo da Graça

Eis um tema que me encanta e alegra o coração: a graça de Deus. Por quê? É simples! É através dela que eu sou aceito e amado por Deus. É através dela que a minha vida é transformada e salva do pecado. Mas, afinal o que é graça? De um modo curto e objetivo aprendemos que graça significa favor imerecido. Deus faz algo para o nosso bem, apesar de não sermos dignos, apesar de não sermos merecedores. Quando Deus "faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos" isso é graça.  Quando Jesus entra na casa de Zaqueu e diz: "Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido" isso é graça. A graça não leva em conta a nossa história de fracasso e pecado. Antes, a graça nos alcança e transforma todo o nosso ser para o louvor da glória do evangelho. Por isso a conceituação de graça como sendo favor imerecido.

Mas, até que ponto essa definição nos ajuda a entender esse dom divino? Acredito que a melhor forma de entendermos a graça de Deus não é meramente expondo uma definição teológica ou exegética, mas experimentando-a. Mesmo porque a graça não é para tão somente ser um "objeto" ou tema das nossas faculdades mentais, mas um presente para ser recebido e experimentado a cada dia em nossas vidas.  Quando pensamos na graça apenas como um conceito bem explicado e elaborado, corremos o risco de não percebermos toda a sua dimensão, beleza, riqueza e poder. Nos tempos apostólicos alguns acreditavam que era possível estar na graça e ao mesmo tempo dominado pelo poder do pecado. Alguns não tinham o entendimento de que uma vez na graça o poder da graça anulava o poder do pecado. A graça não nos deixa como estamos. Uma vez que ela vem ao nosso encontro um milagre acontece. Passamos a ser novas criaturas, lavadas e remidas pelo Sangue de Jesus.

Não tenha dúvida: a graça é maior do que todos os nossos pecados. Contudo, maior como? Apenas para nos receber no Reino e garantir a nossa entrada no Paraíso? Em hipótese alguma. A graça é maior do que os nossos pecados também para nos libertar e transformar as nossas vidas num altar santo, num sacrifício vivo e agradável a Deus. "Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? [...] sabendo isto: que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais o pecado". E nisso não está nenhum mérito do ser humano, pois toda boa obra vem do nosso Pai celestial. Não é algo que está sujeito à força ou disposição humana. É literalmente um trabalho de Deus em nós. "O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz,  mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito". Por isso é graça. É uma ação de Deus completa nas nossas vidas pela Cruz e iluminação do Espírito Santo. Aquilo que não conseguimos com a instrumentalização da Lei, com a obra de Deus em nossas vidas por meio da fé em Cristo é operado. Decerto, a nossa natureza humana e decaída continua presente, mas somos sustentados, orientados e revigorados pela graça. Aleluia, sou salvo pela graça! Aleluia, dependo apenas da graça de Deus! "Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo". E como diz o cântico: "Graça, graça, superabundante graça, superabundante graça".

Pr. Adriano Xavier Machado

Privilégio

Uma querida ovelha que tem um Blog em parceria com o seu esposo postou a seguinte mensagem no dia 20/09/2010:
 
Hoje, durante o jantar, comecei a pensar:

"Nossa! Muitas pessoas tiveram o privilégio de receber Jesus em suas casas e preparar para Ele um jantar, almoço ou lanche muito especiais!"

Pensei também em como eu capricharia e faria o melhor se soubesse que Jesus viria fazer uma refeição em minha casa. De repente, durante este pensamento, o Espírito Santo falou ao meu coração:

"Hoje você não tem a oportunidade de receber Jesus em sua casa para oferecer-lhe hospedagem ou uma refeição, mas você tem, hoje, a oportunidade de receber aqueles que vêm, em nome do Senhor."

Como o meu coração se alegrou em ver que todas as vezes que recebo em meu lar os servos do Senhor, pastores e suas famílias, irmãos que estão fazendo a obra do Senhor, estou recebendo o meu próprio Jesus. Tudo o que eu faço para agradar estes servos do Senhor, tudo que eu faço com amor e com carinho para servi-los, é como se eu estivesse fazendo para o meu próprio Mestre. Que legal foi receber esta palavra do Espírito Santo. Amém, Senhor, vou receber meus queridos com ainda mais amor e carinho.

Ana Cléa
 
Fonte: http://ivan-aralde.blogspot.com/2010/09/privilegio.html

Uma Grande Construção

O que estamos construindo?
É uma edificação segura?
É uma obra bem definida?
Todos nós fazemos parte de uma grande construção.
Estamos sempre assentando algum tijolo na vida.
Quer percebamos ou não,
o Engenheiro da criação nos deu uma perfeita,
adequada e inteligente missão.
Portanto, eu e você temos um trabalho,
uma responsabilidade,
um compromisso muito importante.
Se seguirmos o projeto estabelecido,
tudo dará certo.
O Edifício ficará perfeitamente bonito e seguro.
Nada ficara torto.
Nada ficará fora do lugar.
Nada dará errado.
Quanto a mim,
nessa maravilhosa construção,
apenas obedeço as orientações.
Mesmo não sabendo como vai ficar,
posso realmente confiar.
O Engenheiro que fez tudo que há nos céus e na terra,
sabe onde me colocar.
Assim, aceito a minha tarefa nessa divina construção.
Ainda que no fim da minha carreira eu não veja a obra concluída,
naquele Dia quando o Engenheiro voltar,
saberei como tudo veio a se encaixar.
Assim seja.

Pr. Adriano Xavier Machado

Um Grito de Liberdade

Com o Grito do Ipiranga no dia sete de setembro de 1822 o Brasil deu início a uma construção política e econômica sem o domínio do reino de Portugal. A mensagem tinha sido clara: "independência ou morte". O que não podia prevalecer mais era o jugo estrangeiro. Já não era mais aceitável a satisfação dos interesses de uma metrópole europeia em detrimento dos objetivos da nação brasileira. E o grito surtiu efeito. Assim, D. Pedro I ficou conhecido na História como aquele que liderou a libertação do Brasil do colonialismo português.

No entanto, um outro grito teve uma dimensão e repercussão maior. Um grito para abençoar e iluminar todos os povos, tribos e nações. Um grito para a liberdade espiritual de todos os oprimidos e escravos do pecado. Estou me referindo ao grito do Calvário: "está consumado". O grito que exigiu a morte de um inocente para a salvação de todos os pecadores. O grito que enfrentou a dor e a vergonha da cruz para selar e celebrar a vitória da vida eterna com Deus por meio da fé em Jesus.

Portanto, apesar de reconhecer a importância do grito do Ipiranga, desejo dar ênfase ao grito do Calvário. Por favor, não me entenda mal. Sou brasileiro e amo o meu País. Aprecio as suas belezas naturais: praias, rios, dunas, serras, matas e florestas. Gosto de sua gente, do seu hino, da sua bandeira e do seu clima tropical. Como dizia o poeta longe de sua Pátria amada: "Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá, as aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá”. Contudo, não sou deste mundo. A minha verdadeira Pátria está no Céu. Reconheço que nesta vida terrena estou de passagem. Sou apenas um peregrino caminhando para a Nova Jerusalém. E o que me tem dado esperança da Glória Celestial é exatamente o grito que vem ecoando pelos séculos para a salvação dos perdidos: "está consumado".

"Está consumado" é o grito da promessa. A promessa do Filho de Deus. A promessa que é espírito e vida. A promessa que é verdade e luz, a qual se cumpre na vida de todo aquele que crê em Jesus. "Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida". E a Sua promessa jamais falhará. Ele é fiel para cumpri-la.

"Está consumado" é o grito da vitória. Não há mais condenação. Todos os que se refugiam na obra da Cruz encontram o perdão e a remissão de pecados. "Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte... Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está a direita de Deus, e também intercede por nós".

Sim, "está consumado" é o grito da libertação. Decerto não há independência, quem crê em Jesus é dependente d'Ele, mas também não há a escravidão do pecado nem da morte. A nossa dependência do Filho de Deus é a nossa liberdade. "e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará... Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres". Aleluia! De tudo o que já foi dito, prometido e ensinado pelos homens, nada se compara com o que foi pronunciado no Calvário. Eis, então, o maravilhoso e extraordinário grito de liberdade: "está consumado".

Pr. Adriano Xavier Machado