SINTONIA e FREQUÊNCIA

Sobre o primeiro texto que escrevi (DIÁLOGO), mais um amigo me retornou dizendo: "Texto muito coerente e esclarecedor! Porém, tem uma coisa que observei ao longo da vida... para isso ocorrer também é necessário uma mesma sintonia ou frequência. Pois se assim não for, provavelmente nem um nem o outro irá entender e decodificar as mensagens ouvidas e recebidas".

Hum, excelente observação. A propósito, tem muito a ver com o segundo texto (E QUANDO UM NÃO QUER?). Então, levemos em conta a mesma sintonia ou frequência que é necessária em uma relação, quer no lar, na família ou na igreja. O que isso significa? Ouso explicar: um mesmo espírito, uma mesma disposição, uma mesma voluntariedade, um mesmo coração.

Em outros termos, não há diálogo quando o espírito é de competição, quando um deseja ter mais razão do que o outro, quando não existe uma disposição serena e humilde. De outro modo, só haverá ofensas, acusações e julgamentos.

Vejamos, por exemplo, o que está escrito em Efésios 4.31, 32: "Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou".

À luz do texto bíblico, a mesma frequência ou harmonia deve ser de benignidade, compaixão e misericórdia. Assim é que o diálogo precisa ser desenvolvido e estabelecido, de outro modo haverá amargura, cólera, ira, gritaria, mentira e malícia.

Creio piamente na graça e no poder do diálogo. Mas, é preciso ter um coração voluntário, disposto, aberto, sereno e cheio da graça divina. Sem a mesma "sintonia ou frequência" da alma e do coração jamais o diálogo ocorrerá.

Portanto, se dejesamos melhorar na arte de dialogar, precisamos melhorar em nossa alma e coração, eliminando as inseguranças, o medo, a incredulidade, a desconfiança gratuita, enfim, coisas que não ajudam na construção de pontes.

Na paz e no amor de Jesus 

Adriano Xavier Machado