Stephen R. Covey, autor do livro "Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes", ensina que, o que nos fere não é tanto o que as pessoas fazem conosco, mas sim o modo como reagimos ao que as pessoas fazem conosco. Quando conferimos o exemplo do Senhor Jesus é exatamente o que constatamos.
Na Cruz Jesus sofreu as dores dos espinhos, as dores das feridas, as dores do desprezo, as dores do abandono, as dores da zombaria, as dores dos cravos, enfim, as dores da humilhação. Mas, na Cruz Jesus não demonstra mágoa, ressentimento, raiva ou o sentimento de vingança. Assim, Ele fez uma oração simples e poderosa: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem".
Na Cruz Jesus foi o "homem de dores", mas a Sua resposta aos pecadores não foi de dor, mas de amor e graça. O que confirma: não é tanto os que as pessoas fazem conosco o que nos afeta ou o que nos machuca, mas, sim, o modo como reagimos ao que as pessoas fazem conosco.
Um discípulo de Jesus aprendeu a mesma lição. Estevão esteve cercado de pessoas que "enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra ele". Contudo, nada disso o afetava, antes, "estando cheio do Espírito, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus; e Jesus , que estava à direita de Deus". Estevão não permitiu que o ódio e a amargura das pessoas ao seu redor influenciassem o seu estado de espírito.
Verdadeiramente não é o que as pessoas fazem conosco o que nos fere, mas o modo como reagimos às ofensas, às calúnias, às mentiras e às injustiças. Vejamos que quando Estevão estava sendo apedrejado, orou: "Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor não lhes imputes este pecado".
Ah, se em cada lar e em cada igreja esse fosse o entendimento espiritual! Haveria menos decepções, menos brigas, menos desentendimentos, menos acusações, menos julgamentos, menos ofensas, menos abandonos, menos intrigas e consequentemente menos divisões, partidarismo ou agressões. Com o nosso olhar para Jesus, autor e consumador da fé, transbordamos do fruto do Espírito Santo (Gálatas 5.22).
Não é tanto o que as pessoas fazem conosco. É o modo como reagimos ao que as pessoas fazem. Portanto, se estamos agindo como vítimas, estamos agindo como vítimas de nós mesmos, isto é, da nossa carne, das nossas paixões. O que não é bênção, não é libertador nem mesmo um procedimento de fé. Na Cruz Jesus amou e perdoou. No martírio por apedrejamento Estevão amou e perdoou. E quanto a mim e a você? Como estamos reagindo?
Não somos responsáveis pelas atitudes infelizes e equivocadas dos outros, porém, somos responsáveis por nossas respostas, somos responsáveis por nossas atitudes, somos responsáveis pelas nossas escolhas, somos responsáveis por nossas conclusões, somos responsáveis pelo que estamos sentindo. Portanto, que a nossa escolha seja sempre a de amar e perdoar. Que a nossa escolha seja sempre para a glória do Senhor Jesus. Amém.
Adriano Xavier Machado