Sou pai de três filhos. Hoje, um rapaz com 18 anos e duas adolescentes, uma com 16 e outra com 15. E tenho percebido que ser pai não é nada fácil. Não é fácil para mim nem para qualquer outro papai. Na nossa humanidade temos limitações e erros. No entanto, com a ajuda do Pai celestial, aprendemos a ser pai. Com Ele consideramos diversas virtudes e valores que fazem uma tremenda diferença no ambiente familiar.
Primeiro, com o Pai aprendemos amar sem distinção, sem qualquer preferência de filhos. O amor divino nos leva amar a todos, ajudando-nos a reconhecer que cada um deles tem o seu valor. É claro que cada filho é tratado de um jeito. Pois cada filho tem as suas características e necessidades. Mas, o amor é o mesmo, sem acepção.
Segundo, com o Pai aprendemos o milagre da doação. Digo milagre, porque o ser humano é por natureza egoísta, voltado apenas para si mesmo. Mas com a ajuda do Eterno aprendemos a nos doar, aprendemos a dar o melhor de nós para os nossos filhos. Pai que é pai não apenas coloca filhos no mundo, antes se dedica para fazer o melhor por cada um deles.
Terceiro, com o Pai aprendemos a ensinar. Ser pai não é fazer tudo o que os filhos querem. Ser pai é prepará-los para a vida, é prepará-los para lidar com as decepções, tristezas e fracassos. Criamos filhos, não para nós mesmos, mas para saberem lidar com a vida, com os problemas e desafios que se nos apresentam.
Quarto, com o Pai aprendemos a disciplinar. Dizem que a geração de hoje é uma geração difícil. Mas, por que será? Não será por culpa de muitos pais. Há pais que espancam e há pais que não disciplinam os filhos. E aí está o perigo. Pois todo exagero é perigoso. Todo extremo é prejudicial. Deus disciplina a quem ama. Portanto, pai que ainda não sabe disciplinar é pai que não aprendeu amar.
Quinto, com o Pai aprendemos a confiar. Digo confiar, e, não, controlar. Pais controladores não ajudam no desenvolvimento dos filhos. Aqui há um ponto interessante para mim. Meu filho hoje, por motivos de estudo, está morando em outra cidade, em outro Estado. Confesso que gostaria de tê-lo perto de mim. Mas, não posso e não devo querer controlar todos os seus passos, todos os seus caminhos. O que tinha de ensinar, ensinei. Agora ele precisa viver. E eu creio que Deus está conduzindo a vida dele.
Sexto, com o Pai aprendemos a ter paciência. Sem muito comentário, uma virtude essencial para a vida toda.
Sétimo, com o Pai aprendemos a ter um coração sempre aberto, um coração sempre pronto para acolher quando for preciso. A parábola do filho pródigo é um exemplo disso. O filho abandonou, desprezou e ignorou, mas o pai sempre o amou. E por isso, no momento mais difícil na vida do filho, o pai o abraçou.
Pr. Adriano Xavier Machado
Pr. Adriano Xavier Machado