Convenhamos, não é nada fácil um pai ouvir isso do seu próprio filho. Esse discurso midiático de que o homossexualismo é algo normal e que todos precisam aceitar isso de forma bem natural é conversa "mole" para quem não está tratando a questão com responsabilidade e seriedade. Que pai ou mãe em seu perfeito juízo irá se alegrar com o desvio sexual de seu filho? Em um programa de televisão uma modelo disse: "Eu amo os gays de paixão, mas o meu filho não". Bem diz o ditado popular: "Pimenta nos olhos dos outros é refresco". Com isso vemos que está faltando mesmo muita serenidade e verdade para tratar do assunto. Há muita hipocrisia e apelação. Há muito impulso precipitado nas conclusões e paixão cega nas defesas da prática homossexual. Somos parte de uma geração que avança tanto no aperfeiçoamento tecnológico, mas tão atrasada para tratar dos dilemas humanos. Parece que nunca vimos um mundo tão fraco em suas convicções, em seus valores e em seus princípios como nos dias de hoje. Tudo que "pega onda" nos programas televisivos parece "fazer a cabeça" da maioria da população. Argumentos e discursos baratos são repetidos por uma massa manobrada por um pseudo conhecimento filosófico e científico. E o pior, parece que o grupo maior dessa massa controlada é constituída por pessoas que de fato deveriam demonstrar capacidade de pensamento, análise e raciocínio, ou seja, acadêmicos, professores, psicólogos, jornalistas etc. Assim, vemos homens e mulheres falando do que não entendem e escrevendo sobre assuntos que dominam em parte. Mas, atitudes como essas não são exclusivas de nossa época. Houve um tempo em que estudiosos tentavam justificar certas ações políticas contra os negros afirmando que eles faziam parte de uma "raça inferior". Os nazistas também tentaram usar a ciência para os seus próprios fins de expansão e domínio. E lamentavelmente muitos estão tentando usar a ciência para os seus próprios interesses políticos e mercadológicos, enganando, assim, o povo, iludindo a sociedade com argumentos descabidos, frágeis e sem fundamento. Sim, tem muita gente querendo crescer politicamente e querendo vender os seus livros, filmes, novelas e programas televisivos em cima de um "novo" discurso e de um suposto conhecimento. É certo que devemos combater a intolerância. Ninguém deve promover apedrejamento, espancamento ou fogueira para os que seguem uma orientação sexual diferente. Homofobia jamais. O respeito ao próximo deve prevalecer sempre. No Irã, o homossexualismo é crime combatido com a pena de morte. Um País assim ninguém merece. Mas, já está na hora da sociedade ocidental se posicionar com inteligência e coerência. Essa palavra vai para quem tem ouvidos para ouvir, para quem tem cabeça para pensar: será que há mesmo como justificar o homossexualismo? Um erro jamais deveria ser usado para justificar um outro erro. Não é porque o preconceito e a discriminação precisam ser combatidos que, o homossexualismo tem que ser defendido, apoiado ou ainda promovido. Todavia, algumas séries televisivas, tal como Glee, fazem isso descaradamente, compartilhando uma ideologia patológica e sem qualquer compromisso responsável com os telespectadores, principalmente com os jovens e adolescentes. Ninguém nasce gay. Aliás, o ser humano ou nasce com o sexo masculino ou nasce com o sexo feminino, mas o comportamento masculino ou feminino é algo a ser aprendido. A natureza biológica é herdada, mas o comportamento é adquirido. Se na Coréia do Sul é aceitável rapazes caminharem juntos de mãos dadas, isso no Brasil seria muito estranho. Com esse exemplo fica mais fácil distinguirmos a natureza biológica do comportamento adquirido culturalmente. Em cada sociedade aprendemos o comportamento do homem e o comportamento da mulher. Assim, tradicionalmente a nossa sociedade definiu que roupa azul é para meninos e que roupa rosa é para meninas. Vamos entender que isso é apenas uma herança cultural, mas não biológica. Não é a roupa azul que faz do um menino um menino, nem é a roupa rosa que faz da menina uma menina. Mas, como situar o homossexualismo biologicamente falando? Ah, não pode o caso do hermafrodita servir de argumento. O hermafrodita é um caso totalmente diferente do homossexualismo. O primeiro é devido a uma "má formação embrionária", o segundo é em consequência de um desvio psicológico e comportamental. O homossexualismo não tem nada a ver com a genética nem mesmo como uma necessidade antropológica. Seja em qualquer área do conhecimento, homem e mulher se completam, homem e mulher se ajustam, homem e mulher conseguem cumprir um propósito maior na natureza e na sociedade. Já é do conhecimento de muitos que certa vez Clodovil confessou: "Não tenho orgulho de transar com homem". E por quê? Porque todo desvio, quer seja moral, ético, psicológico ou comportamental, não traz mesmo plena realização para o ser humano. O orgulho gay nada mais é do que uma fuga psicológica, um recurso para atenuar os conflitos internos, uma autêntica mentira imposta por quem não tem humildade suficiente para reconhecer as suas fraquezas e necessidades espirituais. No entanto, este breve artigo, embora em certo sentido esteja na contramão do pensamento que prevalece nos meios de comunicação, não vem para julgar nem condenar ninguém. Mas, sim, para estimular um pensamento ou debate que possa servir de apoio para quem reconhece que precisa de ajuda. Não basta a Igreja lutar contra o avanço dos direitos homossexuais. Embora seja importante, o maior desafio da Igreja não é combater o Projeto de Lei da Câmara 122 de 2006 (PL 122), mas sim deter as trevas do mal que têm cegado o entendimento de muitos. A Igreja tem que aprender a se posicionar com a graça do Senhor para que as palavras de Jesus sejam confirmadas na dinâmica do Reino: "Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores em arrependimento" (Marcos 2.17). Deus nos ajude e ilumine todos os nossos passos para sermos verdadeiros representantes de Cristo na terra com o amor que pode curar a alma do pecador. "E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos..." (Gênesis 1:27,28).
Pr. Adriano Xavier Machado