Comunhão: o melhor método de crescimento da Igreja

Comunhão. Estar em comum acordo. Não significa ter as mesmas ideias, as mesmas opiniões ou formular os mesmos conceitos. Mas é a capacidade de chegar a um resultado que seja proveitoso para todos, como Corpo do Senhor Jesus Cristo, considerando que temos um só Senhor, uma só fé e um só batismo (Efésios 4.5). Matthew Henry já dizia: "O homem é feito para a sociedade, e os cristãos, para a comunhão dos santos". Mas, para isso é preciso humildade, é preciso saber ceder, é preciso saber abrir mão, é preciso saber construir com cada tijolo de pensamento que é oferecido, e que em nada prejudica o objetivo do Reino. Em uma construção cada tijolo assentado é importante, assim é cada membro do Corpo com suas sugestões e considerações. Ninguém pode ser descartado, ninguém pode ser desvalorizado, ninguém pode ser esquecido. Um pensador já dizia que "em todo homem há algo que eu posso aprender com ele, e nisso sou seu discípulo". É verdade, sempre podemos aprender algo com alguém. Ninguém é um poço totalmente vazio, sem nada a oferecer, sem nada a contribuir. Uma querida ovelha escreveu em seu blog uma importante mensagem sobre intolerância quando esteve destacando que quando falta disposição para "ouvir e aceitar opiniões opostas, quando não há flexibilidade quanto ao gosto ou vontade do outro, a comunhão e a unidade correm um sério risco" *. Assim sendo, o progresso de um projeto, de um trabalho, depende do empenho e da colaboração de todos, mesmo havendo diferenças. "Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos". (1 Coríntios 12.4-6). Apesar da diversidade de dons, de ministérios e de operações, o Senhor é o mesmo. E isso já basta para vivermos em comunhão. Comunhão é o segredo. Comunhão é a resposta para o sucesso da obra do Senhor. "E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar" (Atos 2.46,47). Portanto, que não percamos a oportunidade de estarmos juntos, de mãos dadas, cooperando, incentivando e amando em Cristo Jesus. Que o Espírito Santo nos ajude a viver a autêntica comunhão cristã. 


Pr. Adriano Xavier Machado


http://ivan-aralde.blogspot.com.br/2012/05/intolerancia.html

Humildade: a graciosidade do amor

O amor tem muitas cores, muitas facetas e, consequentemente, muita beleza para ser apreciada. Mas, nada se compara com a graciosidade de sua humildade. Por isso que o apóstolo Paulo assegura que o amor não é soberbo (1 Coríntios 13.4). Aliás, não há nada que cega, prejudica e corrompe tanto, quanto o pecado do orgulho. Como resumiu Agostinho de Hipona, "o orgulho é a fonte de todas as fraquezas, porque é a fonte de todos os vícios".

Se o orgulho é a fonte de todas as fraquezas e vícios, não precisamos ter dúvidas de que a humildade é a fonte de todas as virtudes e bênçãos do Alto. "A recompensa da humildade e do temor do Senhor são a riqueza, a honra e a vida" (Provérbios 22.4). "O temor do Senhor ensina a sabedoria, e a humildade antecede a honra" (Provérbios 15.33). É com humildade que desfrutamos das maravilhas do Senhor.

Mas é também com humildade que conseguimos viver melhor os nossos relacionamentos interpessoais. Não há comunhão, amizade, namoro ou casamento bem-sucedidos sem essa graciosidade do amor. Sem humildade só enxergamos defeito na vida das pessoas, pois nos sentimos melhores e superiores aos outros, o que não tem nada a ver com o exemplo bíblico. Como o apóstolo Paulo orientou: "Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos" (Filipenses 2.3). 

Portanto, se queremos de fato viver o verdadeiro amor cristão, não podemos caminhar na trilha da arrogância. Em tudo dependemos da graça de Deus. Nada conseguimos ser ou fazer por nós mesmos. No seu orgulho, Nabucodonosor disse: "Acaso não é esta a grande Babilônia que eu construí como capital do meu reino, com o meu enorme poder e para a glória da minha majestade?". Deus o repreendeu por isso. Nabucodonosor  perdeu o seu trono e foi expulso do seu palácio. Passou a viver como um louco em meio aos animais. Mas depois de humilhado, aprendeu e reconheceu: "Agora eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico o Rei dos céus, porque tudo o que ele faz é certo, e todos os seus caminhos são justos. E ele tem poder para humilhar aqueles que vivem em arrogância" (Daniel 4.30,37). Deus nos abençoe com a humildade, a graciosidade do amor.

Pr. Adriano Xavier Machado