Aprendendo com a Família

A família é a escola da vida. É a verdadeira escola básica para a formação de um homem e de uma mulher, a despeito da idade ou condição sócio-econômica. Com ela aprendemos muitos valores essenciais para uma vida feliz, honrosa e digna. As melhores virtudes de um povo têm origem no lar. E por isso, a família é reconhecida como a célula mater da sociedade, a base de todas as coisas. O que aprendemos no lar, muito se reflete na igreja ou em qualquer outra instituição social. Vejamos o que aprendemos com a família.

1. Com a família aprendemos a virtude da comunhão. Apesar das diferenças de personalidade e temperamento entre os membros da família é possível a harmonia e paz uns com os outros. E para prevalecer essa comunhão não há necessidade de seus membros serem iguais ou terem os mesmos gostos. Basta a convivência em comum acordo em Jesus Cristo e em Seu evangelho redentor. E Deus deseja que todos aprendam essa lição, pois "se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado." (I João 1:7).

2. Com a família aprendemos o valor da paciência. Uma virtude quase em falta nos dias de hoje. Em qualquer trânsito movimentado dos centros urbanos constatamos facilmente a impaciência predominante: xinga-se por qualquer motivo, ofende-se gratuitamente e fica-se de bico por qualquer coisa. Não é algo parecido com as nossas igrejas? Por que será? Não é pelo fato da ausência de paciência? Há um provérbio chinês que diz: "Um momento de paciência pode evitar um grande desastre; um momento de impaciência pode arruinar toda uma vida"
. Então, consideremos mais o desafio da Palavra de Deus: "corroborados com toda a fortaleza, segundo o poder da sua glória, para toda a perseverança e longanimidade com gozo" (Colossenses 1:11).

3. Com a família aprendemos a importância da perseverança. Virtude esta que está muito relacionada com a paciência. No entanto, ela merece enfoque, por passar uma ideia abrangente de "determinação persistente", constância e firmeza nos objetivos. Na nossa língua portuguesa, falar de paciência, e não da perseverança, não dá o sentido completo que merece a nossa consideração. Precisamos aprender a esperar, mas não sentados, de braços cruzados ou passivamente, e sim com trabalho, dedicação, labuta e empenho. Com isso queremos dizer que, precisamos aprender a lutar para preservar o casamento e a unidade familiar. A Bíblia também destaca a graça da perseverança: "Porque necessitais de perseverança, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa" (Hebreus 10:36).

4. Com a família aprendemos o cultivo do amor. Por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos já está esfriando. Os abusos não acontecem apenas nas ruas, mas também nos lares. A violência não se encontra apenas nos becos das favelas, encontra-se nas próprias casas de família. O que evidencia que está faltando amor no lar. E podemos ter certeza de que a falência da família é o desmoronamento de qualquer sociedade. Portanto, a família precisa ser resgatada pelo poder do evangelho de Jesus Cristo. Pois é com ela que cada indivíduo aprende amar. Se não há amor no lar, não há amor em qualquer outro lugar. "De modo que o amor é o cumprimento da lei" (Romanos 13:10). Pois "ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria" (I Coríntios 13:2,3).

É na família que aprendemos o que a educação escolar não pode nos oferecer. É na família que nos preparamos para a vida e o convívio em sociedade. Valorizemos a família. Lutemos por ela. E como diz uma personagem de desenho animado, "família quer dizer nunca mais abandonar ou esquecer". Então, estejamos empenhados para fazê-la o melhor lugar do mundo para a glória do Senhor.

Pr. Adriano Xavier Machado

A Religião, o Estado e as Polêmicas Atuais

Religião e Estado. Cada um no seu lado e no seu canto tratando de seus próprios interesses e negócios. Assim, temos nos esforçado para tratar do tema. Então, a Religião considera os assuntos espirituais e o Estado focaliza os assuntos terrenos. Historicamente os batistas são conhecidos pela defesa da separação da Igreja do Estado. No entanto, a ênfase atual vem do outro lado. Pelo menos no contexto ocidental o Estado não quer mais a interferência da Religião. Quando se está diante de assuntos polêmicos, tais como o aborto e o homossexualismo, o discurso político é considerar tais questões sem a ótica da religiosidade, considerando o primeiro apenas como um problema de saúde pública e o segundo como uma expressão social legítima. Enquanto alguns países reconhecem uma religião oficial, o que se chama de Estado Confessional, outros são laicos, ou seja, procuram manter uma neutralidade, respeitando todos os segmentos religiosos. O Brasil, nesse quesito é um Estado laico desde o decreto Nº 119-A de 7 de janeiro 1890. Mas, apesar de sua laicidade, podemos perceber que em sua política, administração e legislação ainda há muita influência do cristianismo. Em muitos dos discursos encontramos referências bíblicas, em repartições públicas constatamos símbolos religiosos e na própria Constituição detecta-se o fermento do evangelho levedando a "massa". Veja por exemplo a questão do casamento. Por que o Brasil não reconhece a poligamia? Não será por uma influência, ainda que subjetiva e indireta da fé cristã?

Num dia desses um programa jornalístico esteve apresentando uma matéria sobre o Butão, uma nação que tem o budismo como a religião oficial e cujo pai do atual rei é casado com quatro irmãs. Se o Butão fosse um país cristão, será que isso seria aceitável? Em Estados Confessionais tais como o Vaticano (catolicismo), Dinamarca (protestantismo) e o Reino Unido (anglicanismo) a poligamia é um ultraje. Querendo ou não, o Estado expressa muito dos conceitos religiosos de um povo e de uma cultura. Assim é no Estado de Israel com a influência judaica, no Sudão com o islamismo, nos Estados Unidos da América com o protestantismo e em qualquer outro país com sua herança religiosa. É assim e basicamente não tem como ser diferente, pois, caso contrário, o Estado seria como que um monstro, sem qualquer aproximação ou identificação com o povo. Em muitos dos antigos países socialistas e comunistas vimos um esforço do Estado para tirar Deus de toda ação política. A Albânia chegou a declarar em um artigo de sua Constituição: "O Estado não confessa nenhuma religião, apoia e realiza propaganda ateística a fim de implantar nas pessoas uma visão de mundo cientificamente materialista". Essa declaração resume bem quando um Estado deseja tirar Deus de sua trajetória. Mas, apesar de tudo a História foi testemunha do fracasso dessas ideologias políticas. O desmantelamento e a fragmentação da antiga União Soviética retratam bem isso. Portanto, quero chamar a atenção de que não adianta o Estado, ainda que seja laico, tentar negar ou extinguir muitos dos ideais religiosos de um povo. Uma coisa é elaborar algo no papel e outra é mudar a mentalidade e os costumes do povo.

Considerando mais uma vez o Butão, a política do Estado é a felicidade do povo. Por quê? Porquanto o budismo busca a felicidade do indivíduo e é a expressão máxima da religiosidade daquela nação. Logo, o Butão tem em suas ações políticas muito da religiosidade do povo e assim consegue manter a ordem interna, apesar de ser um reino sem muitos recursos tecnológicos e financeiros dos países desenvolvidos. E podemos ter certeza que, em certa medida, quer seja para mais ou para menos, é assim com todas as nações do mundo. Em qualquer país há algum vestígio da herança cultural-religiosa em sua política. Mas, para delimitarmos a matéria, imaginemos se o Estado que conhecemos no Ocidente, não tivesse recebido qualquer influência religiosa, no nosso caso específico a influência cristã. Como seria a situação da mulher nos dias de hoje? Que tipo de casamento seria aceitável em nossa cultura? Será que teríamos alguma noção de direitos humanos tal como o conhecemos hoje? Será que de fato teríamos o conceito de liberdade e fraternidade entre os povos? Qual seria a posição da criança na sociedade? Enfim, que políticas sociais conheceríamos hoje? Uma menina indiana com apenas 12 anos de idade casou com um cachorro para ser protegida de espíritos maus. Na Arábia Saudita um homem com 50 anos foi autorizado pela justiça a casar com uma menina de apenas nove anos de idade. Se não tivéssemos a nossa herança religiosa, como seria a nossa sociedade? Quais seriam os nossos costumes? Provavelmente nem existiríamos como Nação, pois não existe algum povo sem religiosidade. Os credos, os modelos e as manifestações podem ser diferentes, mas a religiosidade está presente em qualquer cultura.

Decerto, que a Religião em "nome" de Deus cometeu muitas barbáries. No entanto, as aberrações vieram muito mais por causa da prostituição da Religião com o Estado do que quando se manteve separada. Realmente o casamento ilegítimo de Religião e Estado acaba em crise, conflito e muito sangue. Todavia, sem dúvida, uma coisa é certa: assim como a Religião não pode ignorar totalmente o Estado, "dai a César o que é de César", o Estado também não pode ignorar totalmente a Religião, pelo menos em essência, princípios e fundamentos básicos. A distância é permitida apenas até certo ponto, quando a Religião não é omissa nos seus deveres políticos e legais nem o Estado fica sem qualquer moralidade ou ética que expresse os valores e conceitos religiosos de um povo. O discurso pode parecer bonito, científico ou até filosófico, mas não existe essa conversa de Estado totalmente puro, neutro ou imparcial. Um Estado não existe por si só. Um Estado não tem existência própria. O Estado existe por causa do povo, e não o contrário. Então sempre haverá alguma ideologia para regê-lo, seja ela uma expressão estrangeira ou nacional. Contudo, a melhor ideologia é aquela que considera pelo menos a historicidade da formação de um povo, tanto com os seus erros e acertos, desde que haja uma disposição humilde e dedicada em aprender e corrigir as distorções. E de acordo com a nossa história, o Brasil tem alguns princípios básicos de influência religiosa, tais como a defesa da vida e o casamento monogâmico e heterossexual. Desconsiderar esses princípios fundamentais não é somente ficar contra a Religião, mas sim contra a própria base que constitui a formação de nossa Nação. Logo, não existe um discurso tão frágil e barato quanto aquele que procura fazer retaliações de certas políticas nossas, fazendo comparações com as decisões dos países do primeiro mundo. Esse tipo de abordagem é que demonstra uma cosmovisão preconceituosa em relação as nossas origens e valores. Quem disse que temos que nos sujeitar ou imitar as mesmas decisões políticas dos países ricos? Quem disse que esses países estão sempre certos? É por falta de argumento que alguns recorrem a esse tipo de procedimento.

Talvez algum "especialista" diga que a distorção é não legalizar o aborto nem reconhecer a união homossexual. Lewis Henry Morgan acreditava que a "família é o elemento ativo; nunca permanece estacionária, mas, sim, passa de uma forma inferior a uma forma superior à medida que a sociedade evolui de um grau mais baixo para um mais alto". Contudo, o que significa essa evolução? É esse novo quadro que está querendo se configurar nos dias de hoje? Não será isso antes um retrocesso? Câncer também evolui, mas nem por isso podemos considerar um progresso para a saúde. Com o que está sendo proposto hoje para o Estado e a sociedade, na verdade não vejo nada de evolução, mas apenas a tentativa de um "salto" que procura passar por cima de todos os nossos valores históricos e culturais. Se a cultura não pode dar um salto como dizem os antropólogos, por que então o Estado deveria aceitar um pulo tão distante da nossa realidade cultural e histórica? Estamos preparados para isso? Quais as consequências dessas decisões no futuro de nosso País? Hitler em sua época parecia ter um discurso perfeito para o desenvolvimento da Alemanha. Ele ignorou todos os alicerces básicos de sua Nação em termos culturais, históricos e religiosos e deu um "salto" com toda a sua força. É, até que ele foi longe, mas não tão longe para permanecer em pé. Portanto, Brasil, vamos aprender com a História. Vamos reconhecer os nossos verdadeiros alicerces, isto é, a vida, a família e Deus. Podemos ser um Estado laico. Não precisamos ter uma religião oficial nem precisamos ver o Estado subsidiando qualquer movimento religioso. Porém, governar o País sob os princípios de um Estado ateísta e cientificamente materialista, digo isso porque no fundo quando uma ideologia procura tirar Deus de suas ações políticas esse é o caminho mais próximo, é tentar ignorar tudo aquilo que já temos e somos. Podemos até dar um grande "pulo" hoje, mas será que mais adiante conseguiremos permanecer em pé? Por fim, destaco que para um Estado ser laico, não significa ignorar todas as procedências religiosas. Por isso o Cristo Redentor ainda permanece no alto do Corcovado, a frase "DEUS SEJA LOUVADO" ainda está impressa nas cédulas de Real e o Natal continua sendo um feriado nacional. Será que precisamos de mais exemplos? Então, apenas para ilustrar, quero terminar lembrando algo bem conhecido, mas que pode nos ajudar a pensar sobre a nossa historicidade como Nação, ainda que em outro contexto. Certa vez um príncipe africano que visitou a Inglaterra, ficou impressionado com tudo o que viu. Então ele perguntou a Rainha Vitória qual era o segredo da grandeza daquela nação. Ela lhe respondeu, dando-lhe um exemplar das Escrituras Sagradas com a seguinte mensagem: “Este é o segredo da grandeza da Inglaterra!” Se alguém acha que essa história não tem nada a ver conosco, então veja o que a Bíblia diz: "Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o SENHOR" (Salmos 33:12).


Pr. Adriano Xavier Machado

Protegendo o Lar com o Diálogo

Eu quero falar sobre o diálogo. Algo muito carente nos dias de hoje. É verdade que temos uma geração que tem aprendido muita coisa, mas, infelizmente, menos dialogar. A geração de hoje tem sido reconhecida como a geração do conhecimento. Jovens e adolescentes, homens e mulheres, pessoas de quase todas as idades sabem lidar até com certa habilidade com o celular, o computador, as máquinas fotográficas digitais, o MP3, o iPod e tantos outros recursos eletrônicos e tecnológicos, contudo, cada vez mais se distanciam das pessoas e desaprendem a lidar com o ser humano. Segundo a Wikipédia, o diálogo " é uma conversação estabelecida entre duas ou mais pessoas". Para existir diálogo, portanto, é preciso interagir com pessoas, é necessário se relacionar com gente. Mas isso está cada vez mais distante. Em muitas conversações há meras superficialidades, assuntos rotineiros sem qualquer relevância para aprofundar as relações, as amizades ou intimidades, inclusive, muitas vezes nos próprios lares. Isso significa que não basta uma família morar debaixo de um mesmo teto ou apenas ter o mesmo endereço ou ainda apenas o casal dormir na mesma cama. Uma família saudável valoriza e cultiva o diálogo. No entanto, há muitas mulheres que reclamam que seus maridos não conversam. Não conversam e depois querem cama. E há muitos homens frustrados porque não conseguem se expressar no lar, porquanto as esposas os sufocam com uma falácia descabida e desnecessária. Se há homens que não conversam, há mulheres que parecem ter engolido uma "vitrola": não param de falar, não param de reclamar. E como diz Salomão: "O gotejar contínuo em dia de grande chuva, e a mulher contenciosa, uma e outra são semelhantes" (Provérbios 27:15). Todavia, a falta de diálogo não se encontra somente no âmbito conjugal. Entre pais e filhos quase não há mais comunicação. Televisão, computador, vídeo game ou a rua com seus shoppings e comércios, estão cada vez mais afastando os filhos dos pais. Por conseguinte, quase não há mais acordo, cumplicidade, respeito nem unidade. Sem diálogo, uma família não consegue permanecer firme por muito tempo. Então, vamos proteger o nosso lar com o diálogo. Vamos falar e vamos dar tempo para ouvir. Temos que aprender a conversar de verdade, aproveitando cada momento, valorizando todas as oportunidades. A Palavra de Deus nos oferece algumas orientações que podem ser aplicadas no contexto da família: "Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar" (Tiago 1:19). "Comunicai com os santos nas suas necessidades" (Romanos 12:13). "Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros" (Efésios 4:25). "A boca do justo é fonte de vida" (Provérbios 10:11). "A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" (Provérbios 15:1). "Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, e se multiplicarão os anos da tua vida" (Provérbios 4:10).

Pr. Adriano Xavier Machado

Um homem e uma mulher

Um homem e uma mulher. Seres que se unem, se abraçam e se completam. Com toda a beleza e graça da vida conjugal, Deus assim desenhou e planejou: "homem e mulher os criou". Sem essa provisão divina, algo estaria faltando. Não teria como orquestrar o calor puro e perfeito do amor. Não teria como saborear o afago de uma amizade mais íntima, com todo o privilégio de dividir, compartilhar e doar o ser. Um homem e uma mulher. O último retoque da criação. Indubitavelmente, sem esse milagre, as estrelas continuariam a brilhar, a Lua continuaria a ser prateada nas noites escuras e as flores continuariam a exalar o seu perfume, a sua fragrância, mas não haveria romantismo, o ninho aconchegante do lar, a construção conjunta de um sonho nem o encanto da poesia. Então, disse Deus: "Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele". Um homem e uma mulher. Combinação perfeita. Cores que realçam e se misturam. Notas que se unem numa linda e doce melodia. Veja o homem abrindo o coração: "Eis que és formosa, meu amor, eis que és formosa...".  Por mais que o homem tenha músculos, força e coragem, diante de sua mulher é como manteiga que se desmancha em uma chapa quente. O homem se derrete todo por sua mulher: "Tu és toda formosa, meu amor, e em ti não há mancha". E por mais que a mulher seja graciosa e transborde de charme, ainda, assim, ela não se satisfaz em si mesma. Ela precisa do seu homem, do seu companheiro, dos ombros e abraços do seu amado. E por isso ela assume e se entrega: "O meu amado é meu, e eu sou dele". Um homem e uma mulher. E "Deus os abençoou". Sim, Aquele que fez os céus e a terra e tudo o que neles há teceu gloriosa e majestosamente o véu do matrimônio. Logo, o "que encontra uma esposa, acha o bem, e alcança a benevolência do SENHOR". E ambos se tornam uma só carne. Decerto, cada um continuará com sua personalidade, seu temperamento e suas nuances. Os contrastes ainda persistirão. Ele sendo homem, ela sendo mulher. Mas, unidos na bênção do Senhor, "as muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo". É verdade também que nem tudo são flores. Com a entrada do pecado vieram os espinhos, as pragas e os perigos. O que era para ser um rico e lindo jardim, muitas vezes tem terminado em destroços, ruínas e entulhos. Mas, há diretrizes. Há indicações firmes e seguras: "maridos, amai a vossas mulheres, e não vos irriteis contra elas". Isso mesmo, "maridos, amai vossas mulheres". Como? Tal como "Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela". Faça isso. Lance as sementes do amor. O retorno será maravilhoso. Flores brotarão. Frutos virão. E "mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor". O que isso significa? Que ela deve respeitar, valorizar, dedicar e ser fiel ao marido. Ah, como seria tudo diferente se a Palavra de Deus fosse praticada. Ele fez e tem feito tudo certo. "E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom". E o homem? E a mulher? O que eles estão fazendo? O que eles estão esperando? A verdadeira história de amor de um casal é escrita através de um homem e uma mulher que estejam dependendo totalmente de Deus. "Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam". Amém! Um homem e uma mulher, num mesmo ritmo e numa mesma harmonia: "E seguiremos juntos, sempre juntos, com grande amor que vem dos altos céus. Sempre oraremos juntos, sempre juntos, dedicando as nossas vidas a Deus". Família. Toque divino. E tudo começa com um homem e uma mulher.

Pr. Adriano Xavier Machado